Andrea Caruso Saturnino, superintendente geral do Complexo Theatro Municipal de São Paulo
Formada em letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mestre em artes cênicas pela Sorbonne Nouvelle (Paris) e doutora em artes cênicas pela Universidade de São Paulo (USP). É gestora, superintendente geral do Complexo Theatro Municipal de São Paulo, curadora artística, fundadora da plataforma e do festival Brasil Cena Aberta e da produtora Performas, responsável por apresentar grandes nomes das artes cênicas internacionais no Brasil e por criar projetos expositivos e multidisciplinares. Desenvolve pesquisa no campo das artes cênicas contemporâneas, é autora de diversos artigos e do livro Ligeiro Deslocamento do Real – Experiência, Dispositivo e Utopia em Cena, Edições Sesc. É membro do Conselho Diretor da Ópera Lationoamérica (OLA).

Ana Teixeira, assistente de direção do Balé da Cidade
Artista, professora universitária e pesquisadora. Doutora e mestre em Comunicação e Semiótica Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e em Filosofia (PUC-SP), é professora e vice-coordenadora do curso de Comunicação das Artes do Corpo na PUC-SP. Sua pesquisa investiga as relações entre corpo, poder, dança, instituição pública e branquitude, abordando essas questões em palestras, cursos e congressos realizados em instituições públicas e privadas no Brasil e no exterior. Atuou como bailarina profissional, integrando, entre outras companhias, o Balé da Cidade de São Paulo e o StaatsTheater Kassel (Alemanha). Foi Diretora Artística Assistente do Balé da Cidade de São Paulo (2003-2009), integrante do Comitê Curatorial do Theatro Municipal de São Paulo (2022-2023) e membra da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) de 2009 a 2015. Colabora artisticamente com artistas da cena independente nacional e internacional.

Cristian Duarte, cenografia, direção e espaço cênico da coreografia BIOGLOMERATA
Cristian Duarte (São Paulo, 1973) é coreógrafo paulistano cuja trajetória na dança inclui uma formação no Estúdio e Cia Nova Dança, em São Paulo, instituição reconhecida por sua contribuição com treinamentos de improvisação e pesquisa de dança na cidade. Em 2002, graduou-se na Performing Arts, Research and Training Studios (P.A.R.T.S.) em Bruxelas, na Bélgica, centro de referência internacional. Sua prática artística acontece também a partir da criação de contextos para experimentação e formação em dança. Entre suas iniciativas mais importantes estão projetos como APT?, DESABA e LOTE/Z0NA, realizados em parceria com diversos artistas, nacionais e internacionais. Desde 2011, tem mantido uma relação estreita com a Casa do Povo, espaço cultural plural de São Paulo, onde atua como organismo residente. Tem sido convidado por diversas instituições de ensino, como DDSKS em Copenhagen, P.A.R.T.S. em Bruxelas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e DOCH/SKH, em Estocolmo. Coreografou para a Transitions Dance Company no Laban Center, em Londres, e para o Cullberg Ballet, em Estocolmo. Sua produção artística tem sido reconhecida pelos principais prêmios de dança do Brasil e é apresentada internacionalmente.

Fernanda Bueno, coordenadora artística–administrativa do Balé da Cidade
Bailarina, coreógrafa, jornalista, curadora e gestora cultural. Formada pela Escola Municipal de Bailados de São Paulo, graduada em jornalismo e mestranda em gestão e políticas públicas pela Faculdade Getúlio Vargas  de São Paulo (FGV-SP). Atuou em companhias como o Corpo de Dança do Amazonas, Cia. de Danças de Diadema, Núcleo Omstrab e Projeto Mov’ola. Desde 2008 integra o Balé da Cidade de São Paulo colaborando com coreógrafos/as de destaque no cenário nacional e internacional. É diretora executiva da Axé No Corre Produções e do Instituto Artxs, além de cofundadora e vice-presidente do Museu de Arte a Céu Aberto. Recebeu o Prêmio Denilto Gomes (2020), foi  indicada ao APCA Dança (2021) e ao O Pequeno Jornaleiro (2022).

Rafaela Sahyoun, concepção e coreografia de Fôlego
Rafaela Sahyoun, paulistana de ascendência árabe — libanesa e palestina —, reside entre São Paulo e territórios internacionais. É artista da dança e das matérias do corpo. Espirala entre o fazer coreográfico na cena como bailarina e no campo da educação. Formada pela SEAD – Salzburg Experimental Academy of Dance (AT, 2013) e pelo Trinity Laban (UK, 2009).  Como educadora, desenvolve práticas pedagógicas aprofundadas e ampla facilitação. Atua internacionalmente em contextos de graduação e pós-graduação, companhias profissionais de dança e teatro, impactando a formação de novas gerações de artistas. Leciona na universidade PERA School of Performing Arts (CY) desde 2019, onde colabora com o plano pedagógico e com a concepção do programa de pós-graduação em coreografia. Desde então, vem criando obras coreográficas anualmente — a mais recente é The Trouble is Wildly Wet (2024). Atua em parceria com instituições como Tanzfabrik (DE), Circuit-Est (CA), EBB (FR e ES), Plataforma de Educação e Pesquisa em Dança – Unplugged Dance (GR), o Programa de Pós-Graduação Corpo: Dança, Teatro e Performance do Célia Helena (BR), Atland Residency (US), Campus, C.E.M e Moot – The Movement Lab (PT), entre outras plataformas culturais e acadêmicas. É curadora artístico-pedagógica da 9ª edição do Festival Danspunt na Bélgica (2025). Dando continuidade às suas criações autorais, o ano de 2025 marca o nascimento da sua companhia de dança, intitulada ELETRO-RAIA, em co-elaboração com Inês Galrão e Aline Santini, que se desdobra com artistas convidados. BOCA ABISSAL é sua segunda criação para o Balé da Cidade de São Paulo, sucedendo Fôlego (2022), obra que atualmente integra o repertório da companhia.